O presidente da câmara de Alepo Leste, Brita Haj Hassan, denunciou esta quinta-feira em Bruxelas o assassínio de mais de meio milhão de pessoas na cidade síria, salientando que "a história não perdoará".
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"Já foram assassinadas mais de meio milhão de pessoas e mais de 12 milhões foram forçadas a emigrar", disse Haj Hassan, no final de um encontro com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
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"A história não perdoará, a história está a registar o que se passa, a registar este silêncio internacional perante os crimes contra a humanidade", denunciou.
Para Haj Hassan, a solução é haver uma "coação forte que force o regime e as milícias iranianas no terreno a respeitarem o cessar-fogo e a organização de saídas seguras para os civis".
"Não sou um político, sou uma pessoa que tenta representar outros seres humanos", acrescentou o autarca, denunciando que "dezenas de massacres são perpetrados todos os dias" na cidade síria, "uma das mais antigas no mundo".
"O silêncio da comunidade internacional faz-me chorar", acrescentou, sublinhando que o povo de Alepo "exige justiça, proteção e ajuda para os civis, em nome da humanidade e dos direitos humanos".
Haj Hassan denunciou ainda que hoje mesmo, durante as tréguas para evacuação da cidade, "uma pessoa foi morta e outras três feridas a tiro".