Acompanhe em direto o cortejo fúnebre de Hugo Chávez até à Academia Militar

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Ao lado do caixão, coberto com a bandeira da Venezuela, segue Elena Frias, mãe de Chávez, e a maioria dos elementos do Governo. O vice-presidente, Nicolas Maduro, lidera o desfile, ao lado de Evo Morales, presidente da Bolívia.

O cortejo fúnebre, de dez quilómetros, começou após uma oração e ao som do hino da Venezuela, seguindo sob o olhar atento da Guarde de Honra.

"O que posso dizer? Estou muito triste, disse Isabel Febres à agência France Presse, com os olhos cheios de lágrimas enquanto olhava para um retrato de Chávez.

Isabel, como tantas outras dezenas de pessoas, usa a cor vermelha dos militantes do partido de Chávez, que, desde as primeiras horas desta quarta-feira, não pararam de chegar às imediações do hospital militar Carlos Avedo, que se encontrou sob a proteção da Guarda Nacional Bolivariana.

"Quero dizer adeus, porque ele era um homem bom, que deu tudo o que pôde aos pobres", disse Iris Dicruro, de 62 anos, vinda de Poerto la Cruz, do Norte do país, para acompanhar a despedida a Chávez.

"Eu amo-o e tenho saúde graças a ele e aos médicos cubanos que ele trouxe para a Venezuela", acrescentou Iris, vestida com uma "t-shirt" onde se lê: "Para a frente, comandante".

O corpo do presidente venezuelano, que morreu na noite de terça-feira, aos 58 anos, depois de 14 anos à frente dos destinos do país, está a caminho da Academia Militar, numa procissão que concentra milhares de pessoas.

Muitos apoiantes lêem o jornal "Caracas Ciudad", cuja primeira página diz: "Até à vitória sempre, comandante Chávez!"

"Vim prestar a minha homenagem final ao presidente. Não haverá outro Chávez, o homem ideal para dirigir o país", afirmou José Gregorio Conde, funcionário público de 34 anos.

"Não consegui dormir esta noite a pensar no que aconteceu".