Conselho de Direitos Humanos da ONU cumpre minuto de silêncio em memória de Chávez
O Conselho de Direitos Humanos da ONU cumpriu, esta quarta-feira, um minuto de silêncio em memória do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu na terça-feira em Caracas.
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O Conselho, reunido em Genebra na 22.ª sessão ordinária, suspendeu temporariamente os trabalhos após uma solicitação da embaixadora de Cuba, Anayansi Rodríguez, que aproveitou a sua intervenção para pedir o cumprimento de um minuto de silêncio.
A embaixadora cubana leu uma declaração em nome dos países que integram a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), cuja atual presidência é ocupada por Cuba, que expressaram a "mais profunda solidariedade com o povo e o Governo da irmã República Bolivariana da Venezuela, e em particular com os familiares e amigos do comandante Chávez".
"É difícil assimilar este doloroso acontecimento. A sua morte comove a todos. Deixou de existir fisicamente um homem excecional, extraordinário, respeitado e admirado a nível mundial, (...) todos, incluindo os seus adversários políticos, desejavam a sua rápida recuperação", indicou a diplomata cubana, citando o documento assinado pelos países-membros da CELAC.
Na mesma intervenção, Anayansi Rodríguez destacou os progressos da Venezuela durante o Governo de Chávez, nomeadamente na erradicação do analfabetismo e na democratização do acesso à educação. A cobertura universal do sistema de saúde, o aumento do salário mínimo e a diminuição dos níveis de pobreza foram outros feitos da liderança de Chávez, segundo a diplomata cubana.
"O comandante Chávez não é da Venezuela, é do mundo e da nossa América. Os nossos povos vão recordá-lo mais do que nunca e vão continuar a sua obra, é a melhor homenagem e o tributo possível a um homem de tal elevação política e liderança", concluiu a embaixadora.
Hugo Chávez morreu na terça-feira aos 58 anos vítima de um cancro que lhe foi detetado em junho de 2011.