O rei de Espanha Juan Carlos enviou, esta quarta-feira, um telegrama ao vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com uma mensagem de condolências à nação venezuelana pela morte do Presidente Hugo Chávez.
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A partir do hospital madrileno onde está internado após uma operação a uma hérnia discal, o monarca pediu ainda a Maduro para transmitir os seus pêsames aos familiares de Hugo Chávez, referiram fontes da Casa Real citadas pela agência noticiosa Efe.
Na mensagem, referiram as mesmas fontes, o rei evoca o "empenho e dedicação" de Hugo Chávez "pelo seu país e pelo conjunto da Iberoamérica" e transmite a Maduro os seus "melhores desejos de amizade e boas perspetivas das relações bilaterais entre os povos espanhol e venezuelano".
As relações entre Juan Carlos e Hugo Chávez vão ficar indissociavelmente ligadas ao incidente ocorrido durante a XVII Conferência Ibério-Americana, que decorreu em Santiago do Chile em novembro de 2007, quando o monarca espanhol mandou calar o líder venezuelano.
"Por qué no te callas?" (Por que não te calas?) foi a frase dirigida a Chávez pelo monarca, uma "exaltação" motivada pelas frequentes interrupções do líder venezuelano a uma intervenção do então primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero.
O chefe do Governo de Madrid e líder do PSOE tinha optado por defender o antigo primeiro-ministro conservador, José Maria Aznar, antes criticado duramente por Chávez, que o rotulou de "fascista", devido ao seu alegado apoio ao fracassado golpe militar contra o Presidente venezuelano em 2002.
O Presidente venezuelano, Hugo Chávez, morreu na terça-feira, em Caracas, quase três meses depois de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro de 2012, em Havana, e quase cinco meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro mandato, em 07 de outubro.
Chávez, que morreu com 58 anos, regressou à Venezuela em 18 de fevereiro, ficou internado no Hospital Militar de Caracas e não chegou a tomar posse como Presidente, ficando o lugar assegurado pelo vice-presidente, Nicolás Maduro, numa decisão autorizada pela Justiça venezuelana apesar dos protestos da oposição.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela anunciou que Nicolás Maduro assumirá formalmente as funções de Presidente interino e que dentro de 30 dias haverá eleições.