Acontecimento Internacional do Ano: Ataque do Hamas a Israel reacende guerra em Gaza
O JN escolheu o conflito no Médio Oriente, que já provocou milhares de mortos, como Acontecimento Internacional do Ano.
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Inesperado e sangrento, o ataque do Hamas em território israelita, a 7 de outubro, surpreendeu as autoridades do Estado judeu, que não conseguiram impedir uma barbárie que resultou na morte de cerca de 1200 inocentes. Apesar da tensão crescente entre o Governo de Benjamin Netanyahu e o movimento que controla a Faixa de Gaza, nada fazia prever que o movimento islâmico conseguisse furar os muros de arame que cercam o enclave para matar e raptar israelitas indiscriminadamente. Foram apontadas falhas de segurança internas, mas nenhuma culpa pode trazer de volta quem partiu. Resta uma promessa: “O que aconteceu nunca foi visto em Israel e eu garantirei que nunca mais volta a acontecer”, disse o primeiro-ministro no dia do massacre.
Depois do choque de ter despertado sob uma rajada de rockets - que nem o musculado Iron Dome (defesa antiaérea israelita) conseguiu travar - e ter sido invadido por membros do Hamas montados em motociclos, o Estado hebraico não tardou a reagir. Perante um quadro em que famílias foram desmembradas, pessoas foram queimadas vivas e mulheres e crianças foram violentadas, o Executivo iniciou uma vingança que se desdobrou num conjunto de ataques aéreos dirigidos à Faixa de Gaza e começou a preparar uma operação terrestre no território palestiniano. O objetivo era - e continua a ser - “exterminar o Hamas”, mas o contexto demográfico que caracteriza o enclave tem dificultado, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), as investidas certeiras, resultando num avultado número de mortos.