Um adolescente de 15 anos morreu após sofrer uma paragem cardiorrespiratória naquele que é o mais recente incidente de violência escolar em França. O jovem foi espancado à saída de uma escola a sul de Paris.
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O ataque acontece numa altura em que tem havido um momento de tensões elevadas em torno das escolas francesas. No início desta semana, uma adolescente ficou temporariamente em coma depois de ser espancada por outros três jovens no exterior da escola no sul do país.
No caso mais recente, ocorrido na cidade de Viry-Châtillon, localizada a cerca de 20 quilómetros a sul de Paris, um adolescente foi atacado por várias pessoas ao sair da escola na tarde de quinta-feira. Segundo os procuradores, o aluno foi encontrado numa rua “não muito longe da escola” e os atacantes fugiram, não tendo ainda havido nenhuma detenção no caso. O estudante sofreu paragem cardiorrespiratória e foi transportado para o hospital Necker, um importante hospital pediátrico de Paris, onde acabou por morrer.
Os agressores “tentaram massacrá-lo”, disse o autarca de Viry-Châtillon Jean-Marie Vilain, falando do “pior tipo de bandidos”. “Esta violência extrema está a tornar-se comum”, acrescentou o autarca, que garantiu ainda que vai ser fornecido apoio psicológico aos alunos e professores da escola que o adolescente frequentava.
A escola está localizada num bairro operário de Viry-Châtillon, onde vivem cerca de 30 mil pessoas.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse, esta sexta-feira, que as escolas devem ser protegidas de “uma forma de violência desinibida” entre alguns jovens-
“Temos uma forma de violência desinibida entre os nossos adolescentes e, por vezes, entre os cada vez mais jovens. As escolas precisam de ser protegidas disto”, disse Macron ao visitar uma escola primária em Paris. “A escola deve continuar a ser um santuário para os nossos filhos, para as suas famílias, para os nossos professores. Seremos intransigentes contra todas as formas de violência”, garantiu, acrescentando que a investigação deverá esclarecer ambos os incidentes.
O Ministério Público abriu uma investigação sobre tentativa de homicídio e agressão de gangues.