<p>Votação na AIEA exorta regime de Ahmadinejad a parar construção de instalações nucleares secretas.</p>
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A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) aprovou uma moção que condena o Irão por construir instalações para enriquecimento de urânio, cuja existência foi revelada apenas em Setembro. A agência da ONU também exigiu que o governo de Teerão paralise imediatamente o projecto.
Além da instalação de enriquecimento de urânio em Natanz, o Irão possuirá uma outra estrutura semelhante perto da cidade de Qom.
A notícia fez crescer o temor dos países ocidentais, em particular Estados Unidos e Israel, de que o Irão está a usar este programa para fabricar armas nucleares. O regime de Mahmoud Ahmadinejad, por sua vez, nega as alegações e reafirma que o seu programa nuclear tem fins pacíficos.
Em reacção directa a esta sanção, o embaixador do Irão na AIEA anunciou que o país não só “não vai interromper o programa nuclear", como pretende restringir a sua cooperação com a Agência, limitando-a às obrigações da legalidade internacional. As autoridades do país sublinham, no entanto, que o Irão não se vai retirar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
Esta resolução da AIEA, a primeira contra o Irão em quase quatro anos, foi aprovada por 25 votos contra três (houve abstenções), inclusive com o apoio da China e da Rússia, indicando que os dois países poderão ser favoráveis à aprovação de novas sanções contra o Irão pelo Conselho de Segurança da ONU.