Arqueólogos desenterraram uma esfinge "com um rosto sorridente e duas covinhas" perto do Templo de Hathor, um dos sítios antigos mais bem preservados do Egito, anunciou o Ministério do Turismo e Antiguidades na segunda-feira.
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O artefacto de calcário, que se acredita ser uma representação de um antigo imperador romano, foi encontrado dentro de um túmulo de dois níveis perto do templo no sul do Egito, informou o ministério, em comunicado.
Ao lado da esfinge "linda e precisamente esculpida", os investigadores encontraram "uma estela romana escrita em letras demóticas e hieroglíficas". Quando for totalmente decifrada, a estela poderá revelar a identidade do governante esculpido, que a equipa acredita ser o imperador Cláudio.
O Egito revelou grandes descobertas arqueológicas nos últimos meses, principalmente na necrópole de Saqqara, a sul do Cairo, mas também em Gizé, lar da única estrutura sobrevivente das sete maravilhas do mundo antigo. Na quinta-feira, o Ministério de Antiguidades anunciou a descoberta de uma passagem escondida de nove metros dentro da Grande Pirâmide de Gizé, que pode levar à "câmara funerária real" do faraó Quéops, segundo o arqueólogo Zahi Hawass. Mais a sul, em Luxor, os arqueólogos descobriram uma "cidade residencial completa da era romana" de 1800 anos, anunciaram as autoridades em janeiro.
Alguns especialistas consideram que estes anúncios têm mais peso político e económico do que científico, já que o Egito pretende "ressuscitar" a sua vital indústria do turismo numa altura de grave crise económica. O governo pretende atrair 30 milhões de turistas por ano até 2028.