O arquiteto Rex Heuermann foi detido, esta sexta-feira, no âmbito da investigação sobre os dez cadáveres encontrados em Gilgo Beach. O caso, que assusta a comunidade local há 13 anos, pode estar perto de um desfecho.
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Durante mais de dez anos, o assassino em série de Long Island, nos EUA, foi uma espécie de "fantasma" a abraçar a ilha, situada no sudeste de Nova Iorque. Mas há, agora, novos desenvolvimentos a marcar a investigação. De acordo com o "New York Post", a polícia deteve esta sexta-feira um homem, de 59 anos, que poderá ser o autor dos chamados crimes de Gilgo Beach, onde há uma década foram encontrados corpos de pelo menos dez pessoas.
O suspeito, que deverá ser presente a tribunal em breve, é Rex Heuermann, proprietário e fundador do ateliê de arquitetura "RH Consultants and Associates", que tem na lista de clientes, por exemplo, a companhia aérea "American Airlines". A detenção ocorreu em sua casa, em Massapequa Park.
A notícia surge pouco mais de um ano depois de as autoridades terem divulgado o áudio de uma chamada telefónica para a linha de emergência feita por Shannan Gilbert, em maio de 2010, imediatamente antes do seu desaparecimento. Enquanto estavam à procura de Gilbert, em dezembro desse ano, em Gilgo Beach, os investigadores encontraram restos mortais de quatro mulheres, em sacos de sarapilheira.
O caso ganhou nova dimensão, com as vítimas a serem identificadas como Maureen Brainard-Barnes, sequestrada em 2007, Melissa Barthelemy, em 2009, e Megan Waterman e Amber Costello, que desapareceram em 2010. Entretanto, na primavera seguinte, a polícia encontrou os restos mortais de mais seis pessoas (entre elas uma criança) ao longo da avenida Ocean Parkway.
O corpo de Gilbert, que trabalhava como prostituta quando telefonou a pedir ajuda alegando estar a ser seguida, só foi encontrado em dezembro de 2011. No entanto, não houve consenso em relação à causa da morte: há quem defenda que a jovem se afogou acidentalmente enquanto fugia da casa de um cliente, não se tratando de mais uma vítima do assassino de Long Island.
Para tentar deslindar o caso, os investigadores decidiram divulgar a sua chamada telefónica, assim como uma série de mapas do local do desaparecimento, pedindo ajuda aos cidadãos e trocando recompensas por informações.
Há cerca de uma semana, John Ray, o advogado da família de Gilbert e de outra jovem que apareceu morta, adiantou ter recebido "uma dica muito forte e confiável" de que a polícia estaria prestes a efetuar uma detenção ligada ao assassino em série. Questionado pelos jornalistas, Ray confessou, todavia, não ter obtido uma confirmação oficial das autoridades.
“Ficamos satisfeitos se eles realmente conseguiram encontrar alguém associado ao caso", afirmou, acrescentando que era fundamental haver algum desenvolvimento já que todos os envolvidos estão "frustrados".