Homens armados, suspeitos de pertencerem ao movimento islamita Boko Haram, atacaram a cidade de Gajiran, no nordeste da Nigéria, disparando sobre um mercado e causando 15 mortos.
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No Estado do Borno, onde o Boko Haram tem uma forte presença e ocorreu o ataque, têm-se registado incidentes similares nas últimas semanas.
Residentes de Gajiran, em declarações a jornalistas na capital estadual, Maiduguri, disseram que os atacantes disfarçaram-se de comerciantes que iam para o mercado, segundo a agência noticiosa AFP.
"Alguns chegaram em carrinhas, enquanto outros vieram a pé, para evitarem os postos de controlo na entrada da cidade", adiantou uma das fontes.
Depois "misturaram-se entre os feirantes", antes de começarem a disparar, matando 15 pessoas, acrescentou.
Outro morador, que também falava à imprensa na mesma ocasião, também quantificou os mortos em 15 e fez um relato similar.
Gajiran está a cerca de 85 quilómetros da capital estadual.
Os detalhes dos ataques têm sido difíceis de confirmar, uma vez que não há serviço de telemóveis em Borno desde meados de maio, o que impede contactos com a polícia e os militares na zona.
Este corte de comunicações em Borno coincidiu com a declaração do estado de emergência em grande parte do nordeste da Nigéria e o lançamento de uma ofensiva militar contra a insurgência do Boko Haram.
O corte de comunicações foi justificado pelos militares com o objetivo de impedir a coordenação entre os islamitas.
O Boko Haram tem justificado a sua luta, que já dura há quatro anos, com a criação de um Estado islâmico no norte da Nigéria, região predominantemente muçulmana.