Ataque ao Bataclan faz dez anos: Von der Leyen lembra dia em que "o coração de Paris foi arrancado"

Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia
Foto: Nicolas Tucat / AFP
A presidente da Comissão Europeia lembrou esta segunda-feira os ataques terroristas de há dez anos em Paris, afirmando que o "coração de Paris foi arrancado" com a morte de 132 pessoas na sala de espetáculos Bataclan, em bares e terraços.
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"Em 13 de novembro de 2015, há dez anos, o coração de Paris foi arrancado. Naquela noite, pessoas que viviam as suas vidas normalmente - sentadas em esplanadas de cafés, assistindo a um concerto - tiveram as suas vidas brutalmente ceifadas e, dez anos depois, nós lembramo-nos", afirma Ursula von der Leyen.
Numa declaração divulgada em Bruxelas no dia em que se assinalam dez anos destes ataques terroristas, a líder do executivo comunitário recorda "as 132 vítimas, os seus rostos, as suas histórias interrompidas".
"Pensamos em todos aqueles que sobreviveram e naqueles que ainda carregam as cicatrizes, visíveis ou invisíveis, daquela noite terrível. Também temos em mente as suas famílias, os seus entes queridos e todos aqueles que, nos últimos dez anos, têm carregado o peso esmagador do luto, mas também nos lembramos da resposta de França, a resposta de uma nação que não se deixou abater pela dor", elenca.
"Naquela noite, vidas foram roubadas. Foi um ataque aos nossos valores - de liberdade, paz e tolerância, a alegria de estar juntos -, valores que moldaram França, valores dos quais a Europa se orgulha. Hoje, França está de luto e nós choramos com ela e Paris foi ferida, mas Paris continua viva", adianta Ursula von der Leyen.
França assinala esta segunda-feira o décimo aniversário dos atentados terroristas de 13 de novembro de 2015 com uma grande cerimónia que vai incluir a inauguração de um "jardim da memória" na capital francesa.
O evento vai contar com um discurso do Presidente francês, Emmanuel Macron, e foi idealizado pelos responsáveis pela cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
O novo "jardim da memória", localizado em frente à Câmara Municipal de Paris, é um recinto de pedra de onde emergem blocos de granito, evocando os seis locais dos atentados - os mais mortais ocorridos em França desde a Segunda Guerra Mundial -, com os nomes das vítimas neles gravados e, no chão, um mapa das ruas.
Na noite de 13 de novembro de 2015, Paris foi cenário de múltiplos ataques terroristas conduzidos por nove homens armados em diferentes locais, nomeadamente junto do Stade de France (Estádio de França), de vários restaurantes e da sala de espetáculos Bataclan, onde decorria um concerto.
Os atentados, que também fizeram mais de 400 feridos, seriam reivindicados pelo grupo "jihadista" Estado Islâmico no dia seguinte.
