Treze pessoas morreram e 24 ficaram feridas, esta terça-feira, quando um bombista suicida se fez explodir num mercado de gado cheio de gente na cidade nigeriana de Maiduguri, a maior do nordeste do país.
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O porta-voz da Cruz Vermelha para o nordeste da Nigéria, Umar Sadiq, disse numa mensagem escrita que havia "treze mortos e 24 feridos" que foram transportados para dois hospitais da cidade para receber tratamento.
A explosão abalou a capital do estado de Borno pelas 13 horas, no momento em que os vendedores se preparavam para arrumar as mercadorias e dar o dia por encerrado, indicaram membros de milícias civis que combatem o grupo extremista islâmico Boko Haram.
"Estamos a tentar separar os restos humanos das carcaças de gado espalhadas por todo o lado", disse um combatente, Shettima Bulama, citado pela agência de notícias francesa, AFP.
"O 'kamikaze' escolheu o local mais frequentado do mercado para detonar os seus explosivos", precisou Bulama.
Outro membro de uma milícia privada de autodefesa, que falou a coberto do anonimato por razões de segurança, fez um relato semelhante ao de Bulama.
Segundo alguns órgãos de comunicação social nigerianos, o bombista suicida chegou ao local do atentado num veículo todo-o-terreno.
Maiduguri, bastião histórico do Boko Haram - o movimento nasceu ali, no início dos anos 2000 -, já tinha sido atacado com 'rockets' durante a madrugada de hoje, bem como no sábado.
Também no sábado, um 'kamikaze' fez-se explodir numa mesquita, matando 26 fiéis e ferindo 28.
O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, que tomou posse na sexta-feira, prometeu fazer da luta contra o Boko Haram a sua prioridade e anunciou querer deslocar para Maiduguri o centro de comando do exército encarregado do contraterrorismo, até agora situado em Abuja, a capital federal, situada a 850 quilómetros.