Pelo menos 20 pessoas morreram em dois atentados terroristas na província iraquiana de Salah-ad-Din, um na capital da região, Tikrit, e o segundo na cidade de Samarra, a norte de Bagdade.
Corpo do artigo
A agência de notícias Associated Press (AP) referiu que em Samarra, de acordo com um porta-voz provincial, um bombista suicida estacionou uma ambulância carregada de explosivos próximo da paragem de autocarros em que estavam peregrinos que se dirigiam a um santuário a cerca de 500 metros de distância.
O bombista fez explodir o veículo e depois detonou os explosivos que estavam amarrados ao seu corpo.
O porta-voz provincial acrescentou que pelo menos 11 pessoas morreram, sendo que quatro iranianos estavam entre os mortos, e dezenas de pessoas ficaram feridas.
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelos ataques, mas militantes do grupo extremista Estado Islâmico já assumiram a autoria de vários ataques semelhantes.
Na cidade de Tikrit, um bombista suicida conduziu um carro carregado de explosivos contra um posto de controlo na entrada sul da capital provincial, matando pelo menos nove pessoas. Vinte e cinco pessoas ficaram também feridas neste ataque.
Contudo, os números de mortos dos dois atentados são dispares nas diversas agências de notícias. A espanhola EFE referiu que morreram 24 pessoas nos dois atentados e a France Press indicou um total de 18 mortos.
OMS condena utilização de ambulâncias
A Organização Mundial da Saúde (OMS) condenou a utilização de ambulâncias por terroristas suicidas no Iraque para cometer atentados contra civis, como os ocorridos em Tikrit e Samarra.
"O uso desses veículos como arma ameaça a capacidade de proporcionar cuidado e serviços médicos urgentes" no Iraque, referiu a OMS em comunicado. "Quando as ambulâncias são consideradas potenciais ameaças à segurança, está em risco a liberdade de movimento para proporcionar ajuda imediata aos doentes e feridos", acrescenta.
Os atrasos que se produzem por esse motivo para atender quem necessita de ajuda médica "deixam as pessoas vulneráveis", inclusivamente no acesso a cuidados médicos vitais, alertou ainda a OMS.
A OMS mostrou-se "casa vez mais preocupada" pela contínua ameaça que sofrem na hora de exercer o seu trabalho os profissionais de saúde que socorrem os doentes e feridos.
"A OMS trabalha com as autoridades de saúde nacionais e outros associados para proteger da violência os pacientes, os profissionais de saúde e as infraestruturas de apoio e minimizar os problemas causados aos serviços pelos atentados com ambulâncias", indicou a organização.