Os atentados terroristas do Estado Islâmico contra dois bastiões do regime sírio na segunda-feira causaram pelo menos 154 mortos, de acordo com um novo balanço.
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O número de mortos poderá ainda aumentar uma vez que "vários dos cerca de 300 feridos se encontram em estado crítico", sublinhou o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane.
O anterior balanço dava conta de 148 mortos nos atentados à bomba nas cidades costeiras sírias de Tartus e Jableh, já reivindicados pelo grupo jiadista Estado Islâmico. As vítimas são quase todas civis, incluindo oito crianças, quatro médicos, enfermeiros e estudantes universitários, especificou a ONG que opera na Síria.
Os atentados foram realizados por suicidas, que conduziram carros armadilhados para duas cidades habitadas maioritariamente por alauitas, a comunidade minoritária a que pertence o chefe de Estado sírio, o presidente Bashar al-Assad. Tanto Tartus como Jableh tinham sido relativamente poupadas aos estragos de uma guerra que dura há mais de cinco anos na Síria.
O Estado Islâmico indicou em comunicado que os atentados foram uma retaliação pelos bombardeamentos realizados pelo regime sírio e pelo seu aliado, a Rússia, e deixou um alerta de que pode estar a preparar ataques ainda piores.
Já o regime sírio responsabilizou a Arábia Saudita, a Turquia e o Qatar - seus adversários na região desde 2011 - pela escalada de tensão que resultou nos atentados de segunda-feira.
"Estes atentados representam uma perigosa escalada por parte dos regimes do ódio e do extremismo em Riade, Ancara e Doha e têm como objetivo (...) fazer com que fracasse (...) um acordo de cessar-fogo" na Síria, indicou o regime de al-Assad numa carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A comunidade internacional condenou os ataques.