Um homem atropelou, de forma intencional, sete pessoas na cidade israelita de Telavive, sendo que três vítimas se encontram em estado grave, informaram as autoridades. O suspeito foi morto a tiro.
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O atropelamento, que as autoridades de Israel dizem ter sido intencional, ocorreu, esta terça-feira, num passeio na rua Pinchas Rosen, na cidade de Telavive, e deixou pelo menos sete pessoas feridas, três delas em estado grave. O suspeito foi abatido a tiro por um civil que se encontrava no local. O ato foi elogiado pelo ministra da Segurança, israelita, Ben-Gvir, ao defender que a "neutralização" é a prova da importância e eficácia dos civis armados.
Os agentes confirmaram que o homem conduzia um carro que "bateu contra pedestres que estavam na rua e saiu do veículo para esfaquear civis com um objeto pontiagudo", conseguindo ferir uma pessoa no pescoço, cita a BBC.
Imagens captadas no local mostram um grande aparato nas ruas da cidade israelita, já que as equipas de socorro tiveram de prestar apoio aos feridos ainda na via pública. As vítimas foram posteriormente levadas para os hospitais Beilinson e Ichilov.
Os serviços de inteligência de Israel informaram que o homem que realizou o ataque, Abed Elohab Halaila, um palestiniano de 20 anos que vivia na Cisjordânia, não tinha antecedentes criminais.
O incidente numa das cidades mais movimentadas de Israel ocorre numa altura em que o Exército de Benjamin Netanyahu está a realizar a maior operação militar em Jenin, no norte da Cisjordânia, desde 2002.
Em declarações à televisão britânica, o porta-voz do grupo palestiniano Hamas, Muhammad Hamadeh, considerou que o ato se tratou de "um ataque heroico", dizendo ainda ser "uma resposta natural ao massacre em curso e uma autodefesa legítima contra a violação de todas as normas humanas pela ocupação [israelita]".
"O ocupante deve preparar-se para contar os mortos e feridos, pois o sangue dos nossos filhos não é barato", alertou.
Também Khaled Al-Batsh, representante da Jihad Islâmica, referiu, citado pela Al Jazeera, que o ataque em Telavive "é a primeira resposta da resistência ao que está a acontecer em Jenin".