Agentes da polícia e funcionários judiciais tiveram, esta terça-feira, trabalho redobrado para controlar a confusão que se gerou no exterior do tribunal de Pretória antes do início da audiência preliminar do atleta Oscar Pistorius, suspeito de assassinar a namorada.
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Uma multidão de jornalistas e curiosos bloqueou por completo as entradas do tribunal, quase duas horas antes do início da audiência, que se viria a iniciar no exato momento em que, na cidade de Port Elizabeth, 1100 quilómetros a sul de Pretória, o corpo de Reeva Steenkamp, a alegada vítima de Pistorius, chegava ao crematório local para uma cerimónia religiosa apenas reservada a familiares e amigos próximos.
Às 10.00 horas locais (08.00 horas em Portugal continental), o procurador Gerrie Nel deu início à argumentação do Estado, descrevendo os elementos do caso contra o atleta paralímpico e olímpico conhecido por "Blade Runner", que fundamentam a tese de homicídio premeditado e desaconselham a libertação do arguido mediante pagamento de fiança.
No exterior do tribunal, um grupo de ativistas dos direitos das mulheres e crianças, entoando slogans e cânticos contra a violência doméstica, não arredou pé do local, mesmo depois do início dos trabalhos.
O grupo, que chegou a Pretória mais de duas horas antes da audiência, deixou bem claro nas suas mensagens que se opõe à libertação de Oscar Pistorius pelo tribunal.