Diego Lopez Garrido foi o porta-voz da esperança para milhões de passageiros: metade dos voos previstos para esta segunda-feira poderão vir a realizar-se. Representantes da UE dizem que voos de teste não revelaram qualquer problema.
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A boa-nova foi contada pelo secretário de Estado espanhol para os assuntos da União Europeia após uma reunião com com responsáveis da Eurocontrol, Agência Europeia para a Segurança e Navegação Aérea.
“A previsão é de que amanhã, segunda-feira, seja possível realizar 50% dos voos previstos. Será difícil, mas é por isso que temos de coordenar”, disse Diego Lopez Garrido, secretário de Estado espanhol para os assuntos da União Europeia, cuja presidência rotativa cabe, de momento, a Espanha.
O comissário europeu para os Transportes, Slim Kallas, disse esperar que 50% do espaço aéreo da Europa seja reaberto esta segunda-feira. Considerando que a situação actual “não é sustentável”, Kallas disse que as autoridades estavam a trabalhar numa solução que não comprometa a segurança.
“Não podemos ficar só à espera que a nuvem de poeira desapareça”, acrescentou. Desde quinta-feira, especificou a Eurocontrol, foram cancelados cerca de 63 mil voos em toda a Europa, deixando milhares de passageiros em terra.
Testes das companhias não revelaram problemas
Diego Lopez Garrido disse que os testes feitos pelas companhias de aviação auguram um regresso breve aos céus da Europa. "Lufthansa fez 11 voos, KLM nove e Air France sete e os resultados não revelaram qualquer impacto da nuvem de cinza", disse. Ver mais informação sobre os testes, aqui
Kallas deu asas a esta visão e disse "haver hipóteses se te tomar uma decisão", amanhã, segunda-feira, na reunião dos ministros dos Transportes europeus. "Todos estes novos elementos serão tidos em conta", acrescentou o comissário europeu.
"Temos de encontrar uma solução mais específica para abrir progressivamente o espaço aéreo da Europa", acrescentou Slim Kallas.
Duas declarações que surgem horas depois as maiores associações europeias representantes de aeroportos e companhias aéreas terem criticado a proporção das restrições que fecharam a maior parte do espaço aéreo europeu, pedindo uma avaliação da situação e reclamando soluções mais equilibradas para o futuro.