O balão chinês que sobrevoou o território norte-americano no final de janeiro foi capaz de transmitir informações à capital chinesa, afirmou à "CNN Internacional" uma fonte ligada ao caso.
Corpo do artigo
Apesar de a China garantir tratar-se apenas de um balão meteorológico desviado da rota, os EUA continuam a acreditar na possibilidade de se tratar de uma estratégia deliberada para vigiar o país.
Depois de o ter abatido, a Casa Branca confirmou que o objeto continha equipamentos capazes de interromper e geolocalizar comunicações. "É uma violação dos direitos internacionais. É o nosso espaço aéreo. Assim que chega ao nosso espaço, podemos fazer o que quisermos com ele", afirmou o presidente dos EUA, Joe Biden.
Apesar de, segundo o FBI, o balão ainda estar a ser investigado, já se conseguiram obter informações sobre o seu funcionamento, incluindo os algoritmos usados no seu software e a forma como é alimentado.
De acordo com um relatório da NBC, "a informação que a China recolheu foi, principalmente, de sinais eletrónicos que podem ser captados de sistemas de armas ou comunicações de militares". Ainda assim, John Kirby, porta-voz do Pentágono, não confirmou aos jornalistas, esta segunda-feira, a informação do relatório da NBC, afirmando apenas que os EUA limitaram a capacidade do balão de recolha de dados.
As autoridades chinesas negaram veementemente que o balão fosse um meio de recolha de informações, alegando que os EUA reagiram de forma exagerada. O balão desencadeou uma grande disputa diplomática entre os EUA e a China, levando até o secretário de Estado americano, Antony Blinken, a adiar uma visita a Pequim.