O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, publicou na quarta-feira uma calorosa mensagem homenageando Nelson Mandela, na véspera dos 95 anos do herói da luta contra o apartheid, atualmente hospitalizado.
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Quase três semanas depois da sua visita à África do Sul, o dirigente norte-americano expressou os seus melhores "desejos e orações" a Mandela, assim como à sua família e povo sul-africano, num comunicado difundido na noite de quarta-feira pela Casa Branca.
"A nossa família ficou profundamente comovida pela visita da cela de Madiba (nome por que é conhecido Mandela), na Ilha Robben, durante a nossa recente viagem à África do Sul", afirmou Obama na mensagem, ao saudar "o exemplo extraordinário de coragem, de gentileza e de humildade" do antigo Presidente sul-africano.
Barack Obama, o 44.º presidente dos Estados Unidos e primeiro negro no cargo, instou as pessoas de todas as partes a "honrar o homem que mostrou ao seu povo e ao mundo a via da justiça, da igualdade e da liberdade".
As Nações Unidas declararam em 2010 18 de julho como o "Mandela Day" e, nesta data, a organização apela a todos os cidadãos para que façam uma boa ação em honra do antigo presidente sul-africano e consagrem simbolicamente 67 minutos à memória dos 67 anos de militância política e pela paz de Nelson Mandela.
Hospitalizado há mês e meio devido a uma infeção pulmonar e num estado classificado como "crítico", Mandela fez recentemente "progressos assinaláveis", garantiu na quarta-feira uma das suas filhas, Zindzi.
Ao efetuar a sua primeira visita à África do Sul na qualidade de Presidente dos Estados Unidos, Obama não visitou Mandela, devido ao estado de saúde do nonagenário.
O Presidente norte-americano visitou então a cela na Ilha Robben, ao largo da Cidade do Cabo, onde Mandela esteve preso 18 anos.
Nascido a 18 de julho de 1918, Nelson Rolihlahla Mandela foi eleito em 1994 o primeiro presidente negro da África do Sul, depois de décadas de luta contra o regime segregacionista da minoria branca que governou a África do Sul.
Herói da luta anti-apartheid, liderou com o último presidente imposto pela minoria branca, Frederik de Klerk, uma transição para a democracia baseada na reconciliação nacional, o que lhe valeu a atribuição do prémio Nobel da paz em 1993.