A cidade de Beirute acordou, esta quarta-feira, num cenário de devastação total, um dia depois de duas grandes explosões no porto provocarem a morte de pelo menos 100 pessoas e causarem ferimentos a mais de quatro mil.
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Esta manhã, as colunas de fumo eram ainda visíveis no porto. As principais ruas do centro da cidade estavam repletas de destroços, veículos danificados e as fachadas dos edifícios totalmente destruídas. Nos hospitais, um pouco por toda a cidade, milhares de pessoas ficaram toda a noite à espera de notícias de familiares que tinham desaparecido ou ficado feridos, reporta a "Associated Press", em reportagem no terrenos.
Países ajudam
Entretanto, o primeiro-ministro libanês disse, esta quarta-feira, que o país está a viver "uma verdadeira catástrofe" e voltou a pedir a ajuda de todas as nações amigas do Líbano, reiterando a promessa de encontrar e punir os responsáveis pelas duas explosões.
A União Europeia declarou-se pronta a ajudar o país: o Comissário Europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, adiantou que Bruxelas já está em contacto com Beirute para enviar o apoio necessário; e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, reforçou o compromisso. A Turquia também declarou "apoio ao Líbano e irmãos libaneses". Da Rússia e de França, já chegam mais do que palavras: Moscovo vai enviar cinco aviões de carga com ajuda de emergência para a capital libanesa e Paris dois aviões de transporte militar com equipas da proteção civil e material de apoio.