A greve da polícia militar que quase estragou o Carnaval dos baianos, há pouco mais de uma semana, foi motivo de brincadeira, segunda-feira à noite, no bloco de rua "Mudança do Garcia", que desfilou em São Salvador.
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"Quem com greve fere, com greve será ferido", dizia um dos cartazes bem humorados, em referência ao passado de sindicalista do atual governador da Baía, Jaques Wagner, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Criado em 1959, o grupo carnavalesco tem as reclamações como sua tradição. Seja qual for o motivo, o importante é aproveitar o momento para "botar a boca no trombone" e reclamar.
Desde as obras do metro - iniciadas há 12 anos e ainda não concluídas - até o atraso na entrega de imóveis por construtoras privadas, quase tudo entrou na lista de reclamação dos baianos.
Conhecido por sua irreverência, o grupo reuniu cerca de 20 mil pessoas na região de Campo Grande, em São Salvador, no penúltimo dia de folia.
Para o público que seguem os trios elétricos no circuito do Carnaval pago, também em Salvador, o dia foi de muita animação com as cantoras Ivete Sangalo o Cláudia Leite a agitar os foliões.