Segundo a Polícia Federal, ex-presidente orquestrou tentativa de golpe de Estado e assinaria decreto para anular eleições. O então líder brasileiro procurava apoio da alta cúpula militar.
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O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro “planeou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, facto que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”. Esta é a conclusão do relatório de mais de 800 páginas da Polícia Federal (PF), divulgado na noite de terça-feira por autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) e que foi encaminhado ao Ministério Público.
O então chefe de Estado alegadamente criou e disseminou mentiras contra o sistema eleitoral desde 2019. A 5 de julho de 2022, Bolsonaro instruiu os ministros do Governo a propagarem “alegações sabidamente não verídicas ou sem qualquer lastro concreto" sobre supostas fraudes nas urnas.