O Brasil, França e vários países africanos lançaram hoje um acordo de cooperação para combater a desertificação nas regiões de África a sul do deserto do Saara e nos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
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O acordo, liderado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil, pelo Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento de França e pela Agência Pan-africana da Grande Muralha Verde, destinará, no início, um milhão de euros para os projetos de cooperação.
O Presidente do Comité de Ciência e Tecnologia da convenção a ONU contra a desertificação, Antonio Rocha Magalhães, afirma que o valor pode ser ampliado conforme as necessidades.
"Os países da CLP que têm mais sérios problemas de desertificação e seca são Angola, Moçambique e Cabo Verde. Na Guiné-Bisau, a situação é mais amena, mas o país também terá acesso ao fundo", disse Magalhães à Lusa.
Além dos países da CPLP poderão ter acesso ao financiamento os países da região do Sahel, ao sul do deserto do Saara: Senegal, Mauritânia, Mali, Burkina Faso, Níger, Nigéria, Chade, Sudão, Etiópia, Eritreia, Djibuti e Somália.
Os investimentos serão focados em investigação e capacitação de cientistas em África para combater a desertificação, com o objetivo de reforçar a governação e o desenvolvimento sustentável das terras secas.
Para ter acesso a verbas, representantes dos países africanos deverão desenvolver projetos em conjunto com entidades brasileiras e francesas.