Um corpo de um cão com 18 mil anos foi encontrado congelado no leste da Sibéria por cientistas russos. Algumas feições do animal estão completamente preservadas como os dentes e o nariz. Falta apenas descobrir se o animal é mesmo um cão ou um lobo.
Corpo do artigo
O animal teria cerca de dois meses de idade quando morreu. Os cientistas acreditam que este pode ser um exemplar da evolução das espécies dos lobos e dos cães. Embora queiram provar afinal a qual "família" o cachorro pertence, os testes de ADN ainda não permitiram uma conclusão definitiva.
"Temos muitos dados, e com essa informação, vamos esperar saber se é um ou outro [cão ou lobo]", explicou o investigador Dave Stanton à BBC, do Centro de Paleogenética na Suécia, que agora lidera a investigação científica deste caso.
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O grupo conseguiu, porém, confirmar que o animal era do sexo masculino. Deram-lhe o nome de "Dogor", que significa "amigo" na língua oficial de Yakutsk, cidade da Sibéria onde foi encontrado o cachorro.
O corpo conseguiu ficar preservado até aos nossos dias através do "permafrost", um tipo de solo encontrado no Ártico, constituído por rochas, gelo e terra.
Além de conclusões mais claras sobre as duas espécies animais, os investigadores esperam saber quando ocorreu o período de domesticação dos lobos. Acredita-se que os cães, como hoje os conhecemos, derivam dos lobos.
Em 2017, segundo a BBC, um estudo refere que essa domesticação pode ter acontecido há pelo menos 20 mil anos.
Os cientistas vão continuar a fazer testes no "Dogor" para finalmente perceber quem é que ele é, de onde veio e o que pode ensinar.