Uma cadela do exército dos Estados Unidos regressou de uma missão no Iraque com sintomas de stress pós-traumático, após permanecer no país seis meses. O animal estava encarregue de efectuar buscas porta-a-porta em território iraquiano.
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O veterinário do exército diagnosticou Gina, uma cadela da raça pastor-alemão, com stress pós-traumático, numa forma muito similar à dos humanos.
De apenas dois anos, Gina regressou há um do Iraque, apresentando sinais da patologia. Estava aterrorizada, nervosa e muito amedrontada.
A cadela estava sempre agachada no chão e espreitava constantemente para ver se alguém se aproximava. Além disso, não conseguia tolerar barulhos estridentes.
Recuperar a confiança
Gina está em tratamento. O sargento Eric Haynes tem vindo a acompanhar os desenvolvimentos da terapia e acredita que a cadela vai recuperar totalmente.
O sargento ficou bastante surpreendido com o estado de Gina. Apesar de lidar, diariamente, na base da força aérea do Colorado, com 18 cães, afirma que nunca viu “nenhum cão com problemas tão extremos”. Acrescentou ainda que quando regressou, Gina “estava sempre aterrorizada e recusava-se a entrar e a sair de edifícios”.
O estado de Gina é algo ainda pouco estudado em animais. No entanto, especialistas afirmam que a sua condição é em tudo semelhante ao stress pós-traumático verificado em pessoas.
“Existe uma patologia nos cães que consiste precisamente no mesmo que o stress pós-traumático em humanos”, afirmou o especialista Nicholas Dodman.
Gina faz diariamente exercícios que lhe permitam recuperar a sua condição normal. Alguns sacos de doces e passeios pela base nos quais interage com estranhos e ruídos estão a ajudá-la a recuperar a confiança.
O sargento Eric Haynes espera que Gina volte depressa aos seus deveres enquanto cão militar, mas garante, no entanto, que não espera que a cadela regresse em missão ao Iraque, num futuro próximo.
Desde que a história de Gina foi tornada pública, o exército já recebeu inúmeros contactos de pessoas a pedirem para adoptá-la.