A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o calor está a matar mais de 175 mil pessoas, todos os anos, na Europa. De acordo com a mesma organização, esta é a região do planeta onde as temperaturas estão a subir mais rapidamente.
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O diretor regional da OMS para a Europa disse, esta semana, que “as pessoas estão a pagar o preço final”. Vários países europeus, como Grécia, Espanha ou Itália, têm enfrentado temperaturas extremas este verão.
De acordo com a OMS, das 489 mil mortes relacionadas com o calor no Mundo, entre os anos 2000 e 2019, cerca de 36% ocorreram na Europa, o que resulta numa média de 176 040 mortes. Na região europeia definida pelo organismo de saúde, e que inclui alguns países da Ásia Central, as temperaturas estão aumentar “cerca de duas vezes a taxa média global”. Nas últimas duas décadas, houve um aumento de 30% da mortalidade relacionada com o calor.
Saúde em risco
“Os extremos de temperatura agravam as condições crónicas, incluindo as doenças cardiovasculares, respiratórias e cerebrovasculares, a saúde mental e as condições relacionadas com a diabetes”, disse Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa.
O calor extremo tem também devastado vários terrenos na Europa. É o caso da cidade italiana de Roma, onde um incêndio de grandes dimensões atingiu a reserva natural de Monte Mario, na quarta-feira. A Albânia e a Macedónia do Norte registaram os piores fogos do ano.