O capitão do petroleiro encalhado, desde a passada quarta-feira, na costa da Nova Zelândia, foi responsabilizado pelo acidente que tem derramado toneladas de petróleo para o oceano. A informação foi adiantada por fontes policiais.
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O capitão será presente a tribunal, esta quarta-feira, sob a acusação de "manobrar um navio de forma a causar perigo ou riscos desnecessários", segundo a estação televisiva CNN. Caso seja condenado pelo acidente, arrisca-se ao pagamento de cerca de 7600 dólares, algo como 5520 euros, ou a uma pena de um ano de prisão. A agência encarregue do derrame, a Maritime New Zealand (MNZ), sublinha a possibilidades de existirem mais acusações no futuro.
Sobre o acidente da semana passada, o ministro australiano do Ambiente, Nick Smith, referiu ser a "pior catástrofe marítima" do país. A MNZ estima que, até agora, entre 200 a 300 toneladas de combustível podem ter vertido para o oceano e avisa que uma quantidade "significativa" de óleo poderá atingir a costa nos próximos dias, entre as cidades de Mount Maunganui e Maketu.
A mesma fonte contabiliza 53 aves encontradas mortas e outras 17 cobertas de óleo, actualmente em tratamento num centro de resgate. A agência avança, também, que cerca de 70 contentores caíram do petroleiro e que, devido ao agravamento das condições climatéricas, a situação pode piorar.
As principais preocupações das equipas centram-se na recuperação do óleo derramado, mas as operações têm sido dificultadas por ventos e ondulações fortes. Um centro de resgate foi aberto, em Tauranga, para limpeza de aves cobertas de óleo.
As autoridades temem um maior derrame de combustível à medida que as condições do navio se vão deteriorando. Citado pela CNN, o ministro dos Transportes, Steven Joyce, referiu: "É de esperar que, a dada altura, iremos ter mais preocupações e, eventualmente, [o navio] acabe por quebrar".