A cidade de Caracas, capital da Venezuela, e os estados vizinhos de Miranda e Vargas, estão novamente às escuras devido a um apagão que em algumas zonas do leste da capital durou apenas 45 minutos.
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O apagão ocorreu este domingo pelas 12.15 horas locais (17.45 horas em Portugal continental), e deixou também às escuras o Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, o principal do país, no Estado venezuelano de Vargas (norte de Caracas).
Esta falha de energia obrigou à evacuação do teleférico que une Caracas com o cimo da montanha Waraira Repano, mais conhecida como Ávila, e que separa, a norte, a capital da Venezuela do Estado de Vargas e o Oceano Atlântico, explicaram várias pessoas à agência Lusa.
"Estou à espera, na fila, para poder subir ao teleférico. Faltou a luz e estão a retirar várias pessoas. Não sabemos quanto tempo poderá demorar o apagão", disse Adrian Linares.
Com 25 anos e a terminar os cursos de comunicação social e de cinema, explicou que, como é domingo, e, em breve, vai emigrar do país para a Argentina, está disposto a esperar que reativem o serviço, porque quer ir ao Ávila "para levar uma imagem recente de Caracas vista desde o alto".
Ainda na capital, o apagão obrigou à paralisação do metropolitano.
Na Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas de falhas no abastecimento de energia elétrica, uma situação que o Governo venezuelano atribui a sabotagem, enquanto diversos engenheiros atribuem à falta de investimento e de manutenção no setor.
Os apagões, que nos últimos meses estão a afetar também a capital, são mais frequentes em diversas regiões do país, entre elas o Estado de Zúlia, onde os residentes chegam a passar até cinco dias sem eletricidade.
Os produtores de gado das zonas do oeste e sudoeste da Venezuela têm-se queixado de que as falhas elétricas, de até 10 horas diárias, leva em média à perda de 90 mil litros de leite mensais, porque a falta de eletricidade impede refrigerar aquele produto, para conservá-lo perante as altas temperaturas locais.