Casal russo que burlou 431 milhões de euros em criptomoedas assassinado e esquartejado no Dubai

O casal foi visto pela última vez a 2 de outubro
Foto: Direitos Reservados
O cidadão russo Roman Novak, que arrecadou 500 milhões de dólares (431 milhões de euros) através da aplicação fraudulenta de criptomoedas Fintopio, antes de fugir com o dinheiro dos investidores, foi assassinado e esquartejado, juntamente com a mulher Anna, perto do Dubai.
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O casal foi visto pela última vez a 2 de outubro depois de ter sido atraído para um resort nas montanhas perto do Dubai, por criminosos que se faziam passar por potenciais investidores, relata o jornal russo "Komsomolskaya Pravda". O casal, que frequentemente ostentava o seu estilo de vida luxuoso no Dubai, com fotografias publicadas online, estava a ser extorquido por causa das criptomoedas, segundo as autoridades dos Emirados Árabes Unidos.
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Depois de serem atraídos para uma casa na cidade de Hatta, perto da fronteira com Omã, homem e mulher foram mantidos em cativeiro enquanto os sequestradores exigiam a senha da carteira de criptomoedas de Novak. Porém, ao descobrirem que a carteira estava vazia, os agressores terão assassinado o casal, esquartejado os corpos e espalhado os restos mortais, deixando alguns em caixotes do lixo de um centro comercial, segundo o portal russo "Fontanka".
O último sinal dos telemóveis do casal foi recebido a 4 de outubro, a milhares de quilómetros de distância, na Cidade do Cabo, na África do Sul, de acordo com as autoridades de São Petersburgo.
Oito detidos
Oito pessoas foram detidas, incluindo supostos ex-investidores lesados por Novak e um ex-funcionário do Ministério do Interior do presidente russo, Vladimir Putin. Segundo o "New York Post", três pessoas estão envolvidas nos homicídios e quatro são acusadas de planear os crimes, comprando as facas que terão sido usadas para matar as vítimas. O papel do oitavo suspeito ainda não foi revelado.
Roman Novak tinha um longo histórico de golpes com criptomoedas. O casal morava no Dubai desde que o burlão foi libertado em liberdade condicional de uma prisão russa, depois de cumprir uma pena de seis anos pelo roubo de cerca de 100 mil dólares (86 mil euros) a investidores.

