Catar realiza funerais de vítimas dos ataques israelitas, Hamas garante que líderes escaparam
O Catar anunciou que os funerais das pessoas mortas nos ataques israelitas contra líderes do grupo islamita palestiniano Hamas, na terça-feira, serão realizados esta quinta-feira em Doha. Hamas resportou seis mortos, mas garante que líderes escaparam.
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"As cerimónias fúnebres pelos mártires dos ataques israelitas, incluindo um mártir em serviço, o cabo Badr Saad Mohammed Al-Humaidi Al-Dosari, membro das Forças de Segurança Interna cataris (Lekhwiya), serão realizadas na tarde hoje, 11 de setembro de 2025, na mesquita Sheikh Mohammed bin Abdul Wahab", declarou o Ministério do Interior do Catar.
Os mortos serão enterrados no cemitério de Musiemer, acrescentou o ministério.
O Catar vai acolher uma cimeira regional de países árabes e islâmicos, entre domingo e segunda-feira, para abordar os ataques israelitas em Doha, segundo a agência de notícias estatal catariana QNA.
Israel realizou ataques sem precedentes no Catar na terça-feira, visando um complexo em que se encontravam autoridades do movimento islamita palestiniano Hamas, em Doha.
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O Hamas alegou que os líderes do movimento sobreviveram ao ataque, mas reportou seis mortos: o filho do negociador-chefe Khalil al-Hayya, o chefe do gabinete de Al-Hayya, três guarda-costas e um agente de segurança qatari.
Segundo fontes do Hamas, seis líderes do Hamas, incluindo Khalil al-Hayya, Khaled Meshaal, o antigo número um, e Zaher Jabarin, chefe do movimento na Cisjordânia, estavam no edifício no momento do ataque. A agência de notícias AFP não conseguiu contactá-los deste o ataque em Doha.
Questionado pelo canal de televisão CNN na quarta-feira à noite, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, não se pronunciou sobre a atual situação de Khalil al-Hayya.
O chefe de Governo do Catar criticou fortemente os atos de Israel e sublinhou que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "matou qualquer esperança" de libertar os reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza.
Al-Thani, que fez estas declarações antes de participar hoje numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, sublinhou a indignação generalizada entre os países árabes do Golfo em relação ao ataque israelita no Catar.