Um grupo de 20 advogados comunicou esta sexta-feira a apresentação de centenas de denúncias por "detenções arbitrárias" durante os protestos contra a reforma das pensões, em França.
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Numa conferência de imprensa, os advogados, representados por Coline Bouillon, Aïnoha Pascual, Raphaël Kempf e Alexis Baudelin, afirmaram que as detenções visaram acabar com "o movimento social" de protesto.
Desde que o chefe de Estado francês, Macron, anunciou que a reforma ia avançar, os protestos radicalizaram-se, havendo inclusivamente confrontos com a polícia.
Numa das noites de protesto, as forças de segurança detiveram 292 pessoas, 283 das quais foram libertadas sem acusações. Sindicatos de advogados, magistrados, organizações não-governamentais e partidos de esquerda contestaram a ação policial.
Também a comissária do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, Dunja Mijatovic, condenou o "uso excessivo da força" pela Polícia francesa contra manifestantes que se juntaram à mobilização nacional contra as alterações à lei,