Cerca de 300 jordanos manifestaram-se, esta terça-feira, junto ao escritório da agência France Presse em Amã para exigir o seu encerramento, depois de uma notícia sobre um ataque contra caravana do rei Abdullah II que foi desmentida pelas autoridades.
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Na segunda-feira, fonte dos serviços de segurança do país informou que parte da caravana do rei havia sido atacada com pedras e garrafas vazias por um grupo de jovens quando estava na vila de Tafileh.
Esta informação, avançada pela France Presse e publicada igualmente por vários outros órgãos de comunicação social internacionais, foi depois desmentida pelo governo jordano e pelo Palácio Real.
Hoje, algumas centenas de cidadãos jordanos reclamaram junto à sede da agência de notícias em Amã o encerramento do escritório da agência e a expulsão do seu director na Jordânia.
Segundo relata a própria France Presse, cerca de 40 polícias de choque foram destacados para o protesto, que incluiu jovens, mas também um membro do Parlamento.
Um dos participantes lançou um par de sapatos para um edifício próximo, acreditando tratar-se das instalações da AFP.
A Jordânia tem enfrentado, desde Janeiro, movimentos de protestos que pedem reformas políticas e económicas, assim como o fim da corrupção.
No final de maio, os jordanos manifestaram-se em Tafileh, num movimento que ficou conhecido como o apelo dos 'jovens de Tafileh', em que reivindicavam a queda do governo e denunciavam a corrupção.