A central nuclear de Santa María de Garoña, próximo de Burgos (norte de Espanha) suspendeu, sexta-feira, o funcionamento do reactor por terem sido notadas vibrações anómalas na turbina.
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O Conselho de Segurança Nuclear (CSN) explicou que a suspensão "não programada" ocorreu durante as provas finais do processo de recarga da central - que começou a 1 de Maio, altura em que a central foi parada -, o que atrasará agora o seu calendário de arranque.
Apesar disso, a CSN insiste que o incidente "não teve repercussões nos trabalhadores, na população nem no meio ambiente".
O incidente "foi classificado preliminarmente como de nível 0 [zero] na Escala Internacional de Incidentes Nucleares [INES]", refere a nota, que explicou ter sido seguido o "procedimento regulamentar" para suspender a turbina nuclear.
Garoña é um dos oito reactores de Espanha que usa água em ebulição, sistema idêntico ao da central nuclear de Fukushima (Japão).
A central, gerida pela empresa Nuclenor, está situada no vale de Tobalina e realizou a sua última paragem no passado dia 13 de Outubro para trabalhos de manutenção no sistema de ventilação que arrefece o ar dentro do edifício de contenção primária.
A Nuclenor solicitou um alargamento da vida útil da central até 2019, tendo em Março afirmado que Garoña -- a central mais antiga de Espanha - está preparada para resistir com segurança a um sismo três vezes mais forte que o de maior intensidade que os especialistas consideram possível na zona.
O Governo espanhol anunciou já que mantém o calendário previsto de encerramento da central em 2013.
O Parlamento Basco pediu em Março, com o único voto contra dos deputados do PP, o fecho definitivo desta central nuclear, cujo fecho já estava previsto para dentro de dois anos.