O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou esta quarta-feira os opositores do seu governo de fazerem um "espetáculo macabro", com uns "a festejarem" a previsão da sua morte próxima e outros a duvidarem da sua doença.
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"Alguns porta-vozes dos esquálidos, da contrarrevolução, da direita, do capitalismo e do imperialismo, depois de fazerem festa, porque Chávez estava a morrer, porque tinha um cancro já com metástase, agora dizem que é falso que esteja doente", disse.
O presidente da Venezuela falava durante um programa, que é de transmissão obrigatória, na rádio e televisão, durante o qual negou estar a fazer um "espetáculo político" com a sua doença, como acusam os opositores.
"Dizem agora que estou a montar um espectáculo. São eles que estavam a montar um espectáculo macabro, que caiu [estragou-se] e que, com a intervenção de Deus, continuará caindo, com a vontade que tenho de viver, de lutar e de triunfar", frisou.
Depois de sentenciar que "cada ladrão julga pela sua condição", adiantou que até "inventaram" que tinha uma colostomia e insistiu que não descarta uma nova sessão de quimioterapia.
Hugo Chávez foi operado de emergência em Cuba a 10 de Junho a um "abcesso pélvico" e, a 1 de Julho, enviou uma mensagem ao país a revelar que também tinha sido submetido a uma segunda operação, em 20 de Junho, durante a qual lhe foi extraído um tumor com células cancerígenas. Regressou a Caracas a 4 de Julho.
Em 16 de julho, o parlamento venezuelano autorizou-o, por unanimidade, a viajar para Cuba para se submeter a quimioterapia.
Em 21 de Julho último anunciou que terminou com sucesso o primeiro ciclo de quimioterapia e dois dias depois regressou de surpresa a Caracas, revelando à chegada não ter novas "células malignas" no corpo.
"Fui submetido a intensos estudos (...) e devo dizer-lhes que não se detetou presença de células malignas em nenhuma parte do meu corpo, num exame rigoroso de quase todo um dia", disse.
Chávez fará 58 anos em 28 de Julho.