O risco de fraude durante as eleições presidenciais, deste domingo, na Venezuela foi afastado pela maioria dos observadores. Contudo, mantém-se a incerteza quanto à atitude que será adotada pelos adeptos de um dos dos candidatos mais fortes - Hugo Chávez, atual presidente, ou Henrique Capriles, líder da oposição - que venha a ser derrotado.
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Como prova de boa-vontade, os seis candidatos assinaram, em meados de julho, um documento em que se estipula que reconhecem os resultados proclamados pelo Conselho Eleitoral Nacional, cujo secretariado é composto por cinco membros eleitos pelo Congresso, na sua maioria chavistas.
Por outro lado, o documento garante que os 13800 centros eleitorais do país serão equipados com máquinas de voto eletrónicas, consideradas por todos os partidos como uma defesa contra a fraude.
Populares ouvidos pela imprensa internacional em Caracas temem que os apoiantes de Chávez se revoltem caso o presidente saia derrotado. "Se o Capriles ganha, o Chávez não vai aceitar a derrota (...) Os apoiantes vão sair às ruas em protesto. Poderá haver uma guerra civil. Ou um milagre: a Guarda Nacional intervém para fazê-los reconhecer o resultado eleitoral", afirmou um estudante universitário.
Estas serão as "presidenciais" mais disputadas em mais de uma década, em que quase 19 milhões votam.