Cinco mortos, 15 feridos e vários desaparecidos: fogo deixou prédio de Valência em esqueleto

O incêndio de grandes proporções, que gerou uma grande coluna de chamas e fumaça densa, consumiu, na quinta-feira, dois blocos residenciais contíguos, de 14 e 10 andares, onde existiam 138 habitações e viviam cerca de 450 moradores, escreve o "El País". Segundo o jornal espanhol, meia hora bastou para que o fogo se alastrasse aos dois prédios, concluídos em 2008, no bairro de Campanar. As chamas propagaram-se a toda a fachada e fizeram com que algumas partes do edifício fossem atiradas a vários metros de distância. A fachada do edifício seria de um material inflamável, bastante comum nas construções mais recentes, o que terá ajudado à propagação das chamas.

O balanço das cinco mortes foi confirmado pelo subdiretor-geral de Emergências da região, Jorge Suárez. Desaparecidas estão entre nove e 15 pessoas, que ainda não foram localizadas pelos familiares, avançou a presidente da Câmara, María José Catalá, que está a tentar confirmar o número.

Quinze pessoas, incluindo sete bombeiros, ficaram feridos e foram assistidos no local pelos serviços de emergência. Nove das vítimas, cinco das quais operacionais que combatiam as chamas, foram hospitalizados, embora não corram perigo de vida. Todas as pessoas que ficaram desalojadas e solicitaram alojamento já foram realocadas em hotéis da cidade.

Sánchez "consternado" oferece ajuda

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, manifestou-se "consternado com o terrível incêndio", numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), e deu nota de que conversou com a autarca e com o presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, para “conhecer em primeira mão a situação e oferecer toda a ajuda que for necessária”. 

Por sua vez, o presidente do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, disse estar a acompanhar "com grande preocupação" o "grave incêndio", endereçando todo o "apoio e confiança" aos bombeiros e forças de segurança no local.