Desde o atentado esta segunda-feira à noite, várias pessoas têm feito uso do poder da rede para procurar familiares e amigos desaparecidos. Entre os relatos partilhados, surgem histórias falsas.
Corpo do artigo
Não é a primeira vez que as redes sociais permitem comunicar no meio de tragédias. Após o atentado desta segunda-feira, o Facebook voltou a ativar o "Safety Check", uma ferramenta que permite que os utilizadores informem a rede de que se encontram em segurança. O Twitter lançou, por sua vez, a hashtag #RoomForManchester.
Mas onde há potencial para beneficiar das ferramentas online, também o há para a toldar a discussão: assim o foi, esta terça-feira. No Twitter, onde se difundiu informação sobre pessoas desaparecidas, surgiram relatos falsos por parte de vários utilizadores, que chegaram a ser partilhados por alguns jornais. Sites acusam "trolls" da internet de serem autores das publicações.
Montagens em mosaico com quase 40 fotografias de pessoas desaparecidas circularam pela internet, sendo amplamente difundidas no Twitter. Entre as fotos de jovens de facto desaparecidos, foram introduzidas fotografias de pessoas não relacionadas com o ataque. Utilizadores da rede social alertaram para o facto.
866831080309108736
Chegou a circular a foto de uma criança australiana alegadamente desaparecida após o ataque. Quando a mãe da rapariga viu a fotografia na internet, a filha encontrava-se na escola, na Austrália.
Um youtuber americano também surgiu entre os contabilizados como desaparecidos. Um tweet do suposto pai do jovem foi partilhado mais de 18 mil vezes. O jovem veio entretanto desmentir a informação num vídeo, onde fala numa tentativa de "enganar o público com 'fake news'".
Entre os falsos desaparecidos, foi também partilhada a foto de um menino, que foi originalmente postada num artigo de 2014.
866819749929287680