
Grupo de colonos israelitas incendiou e vandalizou uma mesquita na aldeia palestiniana de Deir Istiya
Foto: Alaa Badarneh/EPA
Um grupo de colonos israelitas incendiou e vandalizou durante a noite uma mesquita na aldeia palestiniana de Deir Istiya, na Cisjordânia, após críticas de responsáveis militares israelitas a ataques recentes contra palestinianos.
Corpo do artigo
Parte das paredes, vários exemplares do Alcorão e o revestimento do chão ficaram queimados e nas paredes foram escritas mensagens em hebraico como "não temos medo" e "vamo-nos vingar novamente", segundo a agência Associated Press.
O ataque ocorreu um dia depois de o chefe do Comando Central do Exército israelita, general Avi Bluth, ter condenado a violência dos colonos. Soldados israelitas estiveram no local, mas o Exército não comentou de imediato o incidente.

Foto: Alaa Badarneh/EPA

Foto: Alaa Badarneh/EPA
De acordo com a ONU, o número de ataques de colonos aumentou nas últimas semanas, coincidindo com a época da colheita das azeitonas. Outubro foi o mês com mais ataques registados desde 2006, ano em que começaram a ser recolhidos dados sobre o tema.
O presidente israelita, Isaac Herzog, classificou a violência como "chocante e grave" e apelou às autoridades para que atuem "de forma decisiva". O chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, afirmou que o Exército "não tolerará atos criminosos" que desviem os militares da sua missão.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, expressou preocupação com o aumento da violência na Cisjordânia, advertindo que pode "comprometer os esforços em curso em Gaza".
Palestinianos e organizações de direitos humanos acusam as autoridades israelitas de não travarem os ataques dos colonos.
O Governo israelita inclui vários ministros ligados ao movimento colonizador, como o ministro das Finanças Bezalel Smotrich e o ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir, que supervisiona a polícia.
