Governo israelita justifica violência de colonos na Cisjordânia com ataques contra judeus

No sábado, pelo menos 11 pessoas ficaram feridas num ataque de colonos israelitas na aldeia palestiniana de Beita
Foto: Alaa Badarneh/EPA
A porta-voz do governo israelita procurou, este domingo, justificar a violência praticada por colonos na Cisjordânia com "numerosos ataques terroristas contra judeus" naquele território.
Corpo do artigo
Em conferência de imprensa, citada pela agência EFE, Shosh Bedrosian disse que "toda a atividade ilegal deve ser condenada e as forças de segurança, como é evidente, devem intervir".
As declarações foram feitas a propósito de questões colocadas pelos jornalistas sobre o aumento da violência de colonos israelitas no território da Cisjordânia contra civis, jornalistas e paramédicos.
Leia também "Atacaram toda a gente": Colonos israelitas ferem civis, jornalistas e paramédicos na Cisjordânia
Ao referir que foram feitos "numerosos ataques terroristas contra judeus", Shosh Bedrosian sublinhou que os israelitas não esquecem o que aconteceu. "Esta é a nossa terra ancestral e, lamentavelmente, a cobertura mediática é desproporcional, não recebe a atenção que merece, nem os ataques contra os judeus são noticiados", acrescentou sem, no entanto, detalhar os ataques contra judeus a que se referia.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), outubro foi o mês em que foram registados mais ataques de colonos desde 2013, ano em que começou a ser feita esta contabilização. No total, foram registados 536 ataques em outubro.
No sábado, pelo menos 11 pessoas ficaram feridas incluindo paramédicos e jornalistas, após colonos israelitas terem atacado a aldeia palestiniana de Beita, perto de Nablus, no norte da Cisjordânia, segundo relatos do Crescente Vermelho palestiniano e dos serviços de saúde palestinianos.
Os colonos lançaram um ataque contra um grupo de mais de 20 palestinianos e ativistas israelitas que participavam na apanha da azeitona na cidade.
