Uma colunista norte-americana, de ascendência egípcia, e ex-jornalista da agência Reuters, disse que foi agredida sexualmente, esta quinta-feira, por polícias uniformizados, depois de ter sido detida perto da Praça Tahrir, no Cairo.
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Mona Eltahawy, de 44 anos, vive em Nova Iorque e é uma conhecida defensora dos direitos da mulher, uma divulgadora do papel dos 'media' sociais no mundo árabe e uma antiga jornalista da Reuters.
Conhecida pelas suas críticas ao anterior regime egípcio, Eltahawy descreve-se como uma muçulmana liberal, que tem criticado publicamente, nos Estados Unidos e em outros países, grupos islamitas violentos, em particular no seguimento dos atentados de 11 de Setembro de 2001.
A colunista chegou ao Egipto na noite de quarta-feira e foi directamente para a Praça Tahrir, para as linhas da frente dos confrontos entre manifestantes e polícias nas proximidades do Ministério do Interior.
Neste local, foi detida nas primeiras horas desta quinta-feira, tendo sido libertada cerca de 12 horas depois.
No espaço de tempo entre a detenção e a libertação, queixa-se de ter sido vendada, agredida sexualmente e com bastões nos braços e na cabeça, tendo ficado com fracturas no braço esquerdo e na mão direita.