Os comerciantes da Puerta del Sol fizeram, esta quinta-feira, um ultimato à delegada do Governo em Madrid para que resolva os problemas económicos causados pelo acampamento que ali decorre desde 15 de Maio.
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O ultimato foi anunciado pelo presidente da Confederação de Empresários madrilena (CEIM), em nome dos comerciantes e empresários da Puerta del Sol, num encontro que manteve com a delegada do Governo, María Dores Carrión.
Depois de mais de duas horas de reunião, Arturo Fernández disse que María Dores Carrión lhes transmitiu que a situação na Puerta del Sol parece começar a seguir "um roteiro" para se resolver.
Arturo Fernández mostrou-se esperançado que a situação se resolva em breve, considerando que o acampamento "está a levar à ruína" os comerciantes, e a "danificar a imagem de Madrid" no sector do turismo.
Considerando que a solução passa por desalojar os manifestantes, Arturo Fernández disse que os comerciantes precisam de uma "solução imediata".
"Pedimos ao Governo que decida e demos um ultimato porque precisamos de normalizar a situação. A data limite pode ser entre segunda-feira e terça-feira", adiantou.
O representante dos empresários afirmou ainda que está a estudar-se uma "acção legal" junto da Procuradoria de Madrid, para pedir compensações económicos pelas "drásticas quedas de vendas" que estarão a ser causadas pelo acampamento.
"Queremos que defendam os nossos direitos, que apliquem a lei. O que está a ocorrer no Sol é um exemplo que se pode replicar noutras cidades espanholas e é um tema muito grave. Precisa de uma solução. Estamos à espera há 17 dias", afirmou.
Por último, Arturo Fernández apelou aos jovens instalados na praça para que utilizem outros sistemas de protesto.
Também a delegada do Governo apelou à "responsabilidade" dos acampados, "por questões de saúde pública" e por "respeito aos demais cidadãos".
"Estamos a actuar com prudência e com inteligência. Expliquei-lhes (aos comerciantes) que a nossa actuação procura solucionar o problema e não provocar danos maiores", disse.
"Estamos a fazer as acções oportunas para que se resolva o quanto antes. Não podemos por datas. Acordámos que na segunda-feira ou a terça-feira os receberei de novo e oxalá estejam as coisas estejam solucionadas", acrescentou.