O balanço dos violentos confrontos de 18 e 20 de fevereiro no centro de Kiev é de 100 mortos e 14 feridos que permanecem em estado muito grave, informou o Ministério da Saúde da Ucrânia, esta quinta-feira.
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Perto de 30 pessoas morreram nos confrontos de 18 de fevereiro entre manifestantes e polícia e os restantes morreram ou nos confrontos de 20 de fevereiro ou nos dias seguintes, nos hospitais, em consequência de ferimentos graves.
Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos manifestantes mortos a 20 de fevereiro foram vítimas de disparos de franco-atiradores, colocados em vários edifícios em torno da praça da Independência (Maidan), centro dos protestos contra o presidente Viktor Ianukovich.
O procurador-geral interino da Ucrânia, Oleg Makhnitski, indicou na quarta-feira que pelo menos um franco-atirador disparou do topo do edifício do Banco Nacional da Ucrânia, na rua Institutskaia.
A Procuradoria está a investigar testemunhos segundo os quais havia franco-atiradores no Hotel Ucrânia e noutro edifício da rua Bankovaia.
Makhnitski disse ainda que as autoridades determinaram a abertura de um processo judicial contra o chefe de um destacamento das forças especiais do Ministério do Interior na Crimeia, Serguei Avaliuk, identificado como um dos franco-atiradores.
A praça Maidan, no centro de Kiev, foi o centro das manifestações antigovernamentais iniciadas a 21 de novembro em protesto contra a decisão de Viktor Ianukovich de suspender os preparativos para a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia e reforçar os laços económicos com a Rússia.