A Coreia do Norte afirmou, este sábado, ter desenvolvido uma bomba nuclear avançada - com um "grande poder destrutivo" - e o líder do país, Kim Jong Un, terá inspecionado uma bomba de hidrogénio a ser carregada num novo míssil balístico intercontinental.
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Com os componentes produzidos internamente na Coreia do Norte, afirma a agência de notícias KCNA, meio de comunicação oficial do país, citada pela Reuters, a potência da bomba de hidrogénio é ajustável a centenas de quilotoneladas e pode ser detonada a grandes altitudes, permitindo ao país a construção de várias bombas nucleares.
A KCNA divulgou uma fotografia de Kim junto a uma suposta 'bomba H', como é conhecida a bomba de hidrogénio, acompanhado por cientistas nucleares e altos oficiais do Departamento da Indústria de Munições do Partido Central dos Trabalhadores, apesar de, como é habitual, não ter dado detalhes sobre o local nem a data do acontecimento.
O líder norte-coreano "expressou o seu grande orgulho por reforçar as forças nucleares" e por comprovar como o regime Juché (a ideologia oficial norte-coreana de autossuficiência) "consegue desenvolver uma arma explosiva termonuclear com os seus próprios esforços e tecnologia", segundo a KNCA.
Em janeiro do ano passado, a Coreia do Norte detonou no interior das suas galerias subterrâneas o que assegurou ser uma bomba de hidrogénio, mas análises posteriores revelaram que se tratou de um artefacto menos potente que uma 'bomba H'.
Além disso, no início de julho, o regime realizou dois ensaios com mísseis balísticos intercontinentais, a que se seguiram outras provas com projéteis de menor alcance, o último dos quais na terça-feira passada, que sobrevoou território japonês.