A Coreia do Norte forneceu à Guiné Equatorial um sistema de videovigilância para "combater a delinquência" em Mongomo, a terra natal do Presidente Teodoro Obiang Nguema.
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"Este centro vai ajudar a lutar contra a delinquência nas nossas cidades, e o sistema de videovigilância será instalado em todas as cidades do país", declarou o ministro da Segurança nacional equato-guineense , Nicolas Obama Nchama, durante a inauguração do centro.
Uma equipa de técnicos norte-coreanos supervisionou a instalação de um centro de controlo de videovigilância e de câmaras no centro de Mongomo, e ainda a formação de 21 técnicos locais que vão gerir este centro.
As câmaras instaladas deverão captar imagens a uma distância de 200 metros e possuem uma capacidade de transmissão "muito rápida", segundo a televisão nacional.
Sistemas de videovigilância tinham já sido instalados na capital Malabo após o ataque ao palácio presidencial em 2009, e em Bata, a capital económica, após o assalto a dois bancos em 2007, nas duas ocasiões por homens que viajavam por mar.
Na segunda-feira, a televisão oficial já tinha referido que instrutores norte-coreanos concluíram uma formação "de elite" para cerca de 600 polícias da Guiné Equatorial, destinada a "enfrentar os atuais desafios de segurança".
No final de março, o presidente Obiang Nguema afirmou que o seu país enfrentava ameaças "terroristas", num alusão ao grupo islamita nigeriano Boko Haram que atua nas vizinhas Nigéria e Camarões, apesar de a ameaça se situar a mais de mil quilómetros da capital. Na ocasião, foi mantido durante semanas um impressionante dispositivo de segurança em Malabo.
Teodoro Obiang Nguema dirige o país com mão de ferro desde a sua subida ao poder em 1979 após um golpe de Estado. Foi reeleito em 2009 com 95,37 por cento dos votos.
Membro da CPLP, o seu regime é regularmente denunciado por organizações de defesa dos direitos humanos pela violenta repressão contra os opositores políticos, organizações independentes da sociedade civil e os 'media', e ainda pela amplitude da corrupção no país.