A Coreia do Norte disparou, esta terça-feira, um míssil balístico intercontinental, noticiou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.
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O engenho voou em direção a este, segundo cita a agência Reuters, e o exército da Coreia do Sul está a analisar os detalhes do lançamento em conjunto com os EUA.
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"A Coreia do Norte lançou um míssil balístico não identificado em direção a leste dos subúrbios de Pyongsong, província de Pyongan (sul)", refere em comunicado o Estado Maior Conjunto sul-coreano.
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O Pentágono anunciou também que o míssil lançado hoje pela Coreia do Norte é um engenho balístico intercontinental, que realizou um voo de mil quilómetros.
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"Detetámos um lançamento de míssil vindo da Coreia do Norte. Estamos em processo de avaliação da situação e divulgaremos informação adicional quando esta estiver disponível", disse o porta-voz do Pentágono, coronel Robert Manning.
O míssil balístico intercontinental, com alcance que permite atingir território norte-americano, foi o primeiro ensaio em dois meses e meio, depois do último, de médio alcance, ter sobrevoado o norte do Japão antes de cair no mar.
Este é o primeiro projétil que Pyongyang lançou em dois meses e meio, desde o dia 15 de setembro, quando disparou um míssil de médio alcance que voou sobre o norte do Japão antes de cair no mar.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi informado do disparo efetuado pela Coreia do Norte enquanto o míssil balístico ainda estava em voo, anunciou a Casa Branca.
Donald Trump garantiu que os Estados Unidos "vão tomar conta do assunto", referindo-se ao lançamento de um míssil balístico intercontinental norte-coreano.
O Presidente norte-americano, que falava à imprensa a partir da Casa Branca, não deu mais detalhes sobre as medidas que os Estados Unidos poderão adotar.
"O presidente estava numa visita ao Congresso no momento do disparo e foi informado da situação na Coreia do Norte enquanto o míssil ainda estava a voar", disse Sarah Sanders, a porta-voz da Casa Branca.
Este foi o 20.º teste com mísseis realizado por Pyongyang em 2017.
Alta tensão
Os continuados ensaios com armas feitos pelo regime de Kim Jong-un, entre os quais um ensaio nuclear no passado 03 de setembro, aumentaram a tensão na zona a níveis nunca vistos depois da guerra da península da Coreia (1950-1953).
No passado dia 21, os Estados Unidos impuseram sanções contra 13 entidades encarregadas do transporte marítimo e terrestre na Coreia do Norte, com o intuito de pressionar Pyongyang para que ponha um fim aos ensaios de mísseis balísticos e às suas aspirações nucleares.
As sanções foram divulgadas um dia depois de Donald Trump ter remetido para a Coreia do Norte a lista de países "patrocinadores do terrorismo", da qual o país asiático tinha saído há quase uma década.
Depois desta decisão, o Presidente dos Estados Unidos instou o regime comunista norte-coreano a "pôr fim a seu ilegal desenvolvimento nuclear e de mísseis balísticos".
Na assembleia-geral da ONU, em setembro, Trump foi duro quanto aos programas nucleares norte-coreanos e ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte se Pyongyang continuasse com as provocações.
Por várias vezes, Trump afirmou também que não descarta uma ação militar contra o regime de Pyongyang, uma vez que, disse, anos de diálogo não serviram para nada.