O primeiro foguetão espacial fabricado pela Coreia do Sul falhou a colocação em órbita da sua carga, um satélite simulado de 1,5 toneladas, apesar de o lançamento ter tido sucesso, disse hoje o Presidente do país, Moon Jae-in.
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O lançamento e estabelecimento das três fases da operação "Korean Satellite Launch Vehicle II" funcionaram, assim como a separação da carga útil, mas "colocar um satélite fictício em órbita ainda é uma missão inacabada", disse o presidente do país, Moon Jae-in.
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Apesar do desfecho, a Coreia do Sul tornou-se, esta quinta-feira, o décimo país do mundo com capacidade para desenvolver e lançar veículos espaciais, ao lançar o foguetão de satélites Nuri.
O veículo foi lançado do centro espacial Naro, em Goheung, no sul do país, às 17 horas locais (9 horas em Portugal continental).
A agência de notícias espanhola Efe tinha avançado, citando o Instituto de Investigação Aeroespacial da Coreia (KARI), que o Nuri tinha colocado o satélite na órbita terrestre, mas o fracasso dessa parte da operação foi posteriormente anunciado pelo presidente sul-coreano.
Durante alguns minutos, o sucesso do voo pareceu tão controlado que ressoaram gritos e aplausos no centro de controlo, enquanto os deputados da Assembleia Nacional mantiveram os trabalhos suspensos para assistir à operação.
"Embora não tenha alcançado completamento os seus objetivos, saímo-nos muito bem no nosso primeiro lançamento" de um foguetão espacial, elogiou o presidente Moon, acrescentando que uma nova tentativa ocorrerá em maio.
"Os países que estão na vanguarda da tecnologia espacial estarão na vanguarda do futuro", acrescentou.
Cerca de 30 empresas sul-coreanas participaram no desenvolvimento do Nuri, que demorou uma década a ser desenvolvido e custou dois triliões de won (1,46 mil milhões de euros). Com seis motores de combustível líquido, pesa 200 toneladas e tem 47,2 metros de comprimento.
A Coreia do Sul pretende aterrar uma sonda na Lua até 2030.