O presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, felicitaram o presidente eleito do Brasil. BE receia degradação da democracia.
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O Presidente da República enviou uma "mensagem de felicitações" a Jair Bolsonaro, na qual se referiu aos "laços de fraternidade" bilaterais e à "significativa comunidade" portuguesa neste país.
Numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado fez também referência "à significativa comunidade de portugueses e lusodescendentes residentes no Brasil", bem como "à cada vez mais importante comunidade brasileira" em Portugal.
O primeiro-ministro, António Costa, cumprimentou, em nome do Governo português, o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro.
"O Governo português cumprimenta o Presidente eleito do Brasil, país com o qual mantemos uma relação bilateral intemporal, assente numa língua comum, em fortes laços históricos, económicos e culturais, e na presença, em ambas as sociedades, de comunidades dinâmicas e plenamente integradas", refere o primeiro-ministro, depois de questionado pela agência Lusa sobre os resultados na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras.
Bloco receoso
A deputada do BE Joana Mortágua apelou para a "vigilância total" da comunidade internacional perante uma possível "degradação democrática" no Brasil após as eleições de domingo.
"É uma vitoria que tem que ser respeitada, mas que nos deixa, enquanto democratas, muito tristes porque diz muita coisa sobre a fragilidade das democracias, que julgávamos estarem sólidas e conquistadas", disse Joana Mortágua, em declarações à agência Lusa.
PSD equidistante
O dirigente do PSD Tiago Moreira de Sá defende que a eleição de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil em nada altera o relacionamento bilateral e que Portugal deve manter "ótimas relações" com o Estado brasileiro.
Interrogado se o seu partido está preocupado com o futuro da democracia brasileira, Tiago Moreira de Sá respondeu que "o PSD não se intromete na vida política interna dos outros países, muito menos de países amigos como o Brasil".