Os 20 países mais ricos e países emergentes do mundo, reunidos na cimeira de Toronto, aceitam reduzir os seus défices públicos até 2013 e a ideia de criação de taxa bancária não será uma medida global, mas será deixada a cada Estado.
Corpo do artigo
Estas duas conclusões constam de um documento final preliminar da cimeira do G20 citado pelo canal televisivo CBC – Canadian Broadcasting Corporation.
O projecto de criação de uma taxa bancária global, pretendido por países europeus como a Alemanha, França e Reino, não singrou, segundo aquele documento.
Ao invés, prevaleceu a tese defendida pelo Canadá de que a imposição de um imposto sobre transacções financeiras deve ser relegado para cada estado e não ser uma medida para todas as nações do G20.
Na intervenção desta manhã na abertura do G20, o chefe do Executivo canadiano, Stephen Harper exortou os seus pares a tomarem acções decisivas e coordenadas nesta reunião.
"Devemos concordar na redução dos défices para metade até 2013 e que os rácios da dívida face ao Produto Interno Bruto devem estabilizar-se em 2016 ou pelo menos encetarem um trajecto de descida", declarou Harper, apontando ainda que aquelas metas apontadas são apenas "mínimas".
Sobre a taxa bancária, o documento final preliminar não a prevê, escrevendo neste ponto precisamente a tese canadiana de que os contribuintes não devem pagar pelas falhas dos bancos.
Por outro lado, o texto refere que aos países será dada margem de manobra para executarem as políticas com vista a alcançarem aqueles objectivos, ou seja, no sentido de que as medidas serão à medida de cada Estado.
O Grupo dos 20 é constituído pelo Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Japão, Alemanha, Rússia e as economias em desenvolvimento da Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do sul, Coreia do sul e Turquia e a União Europeia.
Os trabalhos da cimeira do G20, a decorrerem num congresso de congressos na baixa de Toronto, terminam esta tarde.