O antigo capitão das forças de elite nazis "Waffen SS" Erich Priebke, um dos últimos criminosos de guerra nazis ainda vivos e que festejou 100 anos no final de julho morreu, esta sexta-feira, em Roma.
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Erich Priebke, que tinha sido condenado em 1998 em Itália a prisão perpétua pela sua participação no massacre das grutas Ardeatinas, em Roma, em março de 1944, estava há muitos anos em prisão domiciliária em Roma, no apartamento do seu advogado.
Segundo os meios de comunicação social italianos, o advogado declarou que o ex-capitão, que nunca manifestou remorsos após o massacre, deixou "uma entrevista escrita e um vídeo como testamento humano e político".
No massacre das grutas Ardeatinas, 335 presos civis, 75 dos quais judeus, foram executados com um tiro na nuca, como represália a um ataque da resistência contra uma unidade das SS.
O centésimo aniversário de Priebke, no fim de julho, em Roma, foi marcado por tensões, tendo a polícia detido sete ativistas neo-nazis que queriam manifestar o seu apoio ao ex-capitão das SS.
Realizou-se igualmente uma contra-manifestação em frente à casa de Erich Priebke, com a participação de várias dezenas de pessoas pertencentes à organização judaica Projeto Dreyfus.
O ex-oficial nazi em fuga foi desmascarado e detido em 1994 na Argentina, onde tinha tranquilamente vivido mais de 40 anos, antes de ser extraditado para Itália, no ano seguinte.
Em 1999, foi autorizado, por razões de saúde, a cumprir a pena em prisão domiciliária, como a lei italiana permite aos condenados a partir de determinada idade.