O governo de Cuba flexibilizou com novas tarifas de empréstimos e prazos de pagamento a política de créditos criada em 2011 para "incentivar" a procura de financiamentos pelo setor privado.
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Desde o arranque da política de créditos, o Banco Central de Cuba concedeu mais de 218 mil créditos a particulares, mas apenas 550 a trabalhadores por conta própria, segmento alvo da medida, segundo dados do diário Juventud Rebelde, citado pela agência EFE.
A nova resolução, publicada, este sábado, na página internet do jornal oficial de Cuba, baseia-se na necessidade de "atualizar a referida norma para incentivar a concessão de financiamento às pessoas autorizadas a exercer trabalho por conta própria e a outras formas de gestão não estatal".
As novas regras baixam o valor mínimo de crédito para o setor não estatal de 3000 pesos cubanos (82 euros) para 1000 (27 euros) e aumentam de cinco para dez anos o prazo para pagar os empréstimos.
Elas preveem também que, em alguns casos, os presidentes dos bancos tenham "excecionalmente" a prerrogativa de autorizar créditos "de montantes inferiores e prazos superiores aos estabelecidos" pela lei.
A nova lei insere-se nas reformas promovidas pelo presidente cubano, Raul Castro, para "atualizar" o socialismo cubano e superar a crise económica da ilha.